[Esse post já estava no rascunho desde o finalzinho do ano passado, mas tanta coisa já aconteceu de lá pra cá que só consegui finalizar agora, a vida é mesmo muito rápida minha gente]
Vi muita gente reclamando de 2015, que foi um péssimo ano, com muitas rasteiras, com muitas decepções, aquela coisa de “chega logo ano novo pra dar um jeito em tudo”, e realmente quando parei para analisar o ano que passou enxerguei várias coisas que deram errado, foi um ano cheio de percalços, de planos frustrados, mas acima de tudo um ano de aprendizados.
É engraçado pensar que muitas das lições que precisamos aprender acabam vindo de uma situação difícil ou ruim, mas depois que tudo passa a gente vê que não tinha outro jeito mesmo, porque mar calmo nunca fez bom marinheiro, né? Por isso nem as coisas difíceis do ano que passou eu quero fingir que não aconteceram, quero mesmo é olhar pra elas e pensar no que aprendi e em quem me transformei através delas. E de qualquer maneira, mesmo que tudo em 2015 tivesse dado errado (é claro que não deu), só o fato do Joaquim ter nascido já faria desse o ano mais incrível da minha vida!
Resolvi separar em tópicos algumas coisas que 2015 me ensinou, lições que na verdade começaram antes e ainda não terminaram, pois acho que são um processo e vão se transformando no meio do caminho, mas que foram mais desenvolvidas no ano que passou.
Menos vitimização, mais responsabilidade – Com certeza essa mudança não começou em 2015, já fazem alguns anos que venho fazendo esse exercício, e realmente não é algo tão simples, já que nosso primeiro impulso é sempre pensar no quanto a vida pode ser injusta conosco. Mas é uma escolha, ou ficamos eternamente na posição de vítima que nunca pode fazer nada, ou assumimos a responsabilidade de algo (bom ou ruim) ter acontecido com a gente! É claro que algumas coisas acontecem independente das nossas ações, mas a maioria é consequência de como levamos a vida mesmo, e tomar as rédeas da situação nos deixa em posição de poder mudar algo que não está legal, ao invés de só reclamar e pensar que não tem jeito. Com isso tenho me tornado mais consciente do quanto eu sou responsável pelas coisas darem (ou não) certo, como meus relacionamentos, o uso do meu tempo, minha saúde, meus projetos (que não saem do papel), e mais um monte de coisas… É sempre mais fácil culpar o outro ou as situações, muitas vezes me pego pensando que não consigo fazer as coisas porque fulano não colabora, ou porque não tenho tempo, mas a verdade é que geralmente são desculpas para mim mesmo. Por isso esse ano quero exercitar ainda mais esse entendimento de que eu sou a principal responsável por fazer as coisas darem certo.
Desapego, desapego, desapego – Acho que essa “onda” de desapego é algo que está acontecendo no mundo todo, é só prestar atenção nas tendências de armário cápsula, decoração minimalista, gente que prefere viajar do que ter casa fixa, etc., o desapego acontece em vários níveis. Tenho exercitado o desapego em várias áreas da minha vida e só posso dizer que é libertador! Ainda falta muito para ser uma pessoal minimalista, do tipo que passa um ano sem comprar nada e vive com o mínimo possível, mas já não sinto apego por coisas que não fazem mais sentido na minha vida. Pra mim desapegar significa que eu aceito que envelheci, que mudei, que não sou mais a mesma pessoa de um ou dez anos atrás, que eu não preciso ficar guardando roupas que não me servem/não são meu estilo só porque paguei caro ou ganhei, que não preciso ter os armários abarrotados de objetos só “pra ter”… Acho que nunca vou ser o tipo de pessoa que consegue guardar tudo o que tem em uma mala, mas quero ser alguém que consome de forma consciente, que sabe o valor real das coisas e que não anda ansiosa com coisas tão passageiras.
Focar menos no destino e aproveitar mais o caminho – Não sei vocês, mas tenho essa mania de muitas vezes idealizar tanto o resultado de um projeto ou um sonho, que acabo não aproveitando nada o caminho que vai me levar até lá. O problema é que, com muito custo, estou entendendo que na maioria vezes o resultado não chega como o esperado, ou nem chega, e sempre existe o amanhã mesmo que tudo se realize como o esperado, é como os finais felizes de conto de fadas, sabe? A mocinha sofre o tempo todo mas o que importa mesmo é o final feliz, e pronto, acabou, já na vida real geralmente não tem final feliz e sempre tem o dia seguinte, quando temos que seguir com a vida. No ano passado percebi o quanto eu foquei nos resultados e deixei de aproveitar o caminho, como se quando eu chegasse lá de repente tudo fosse se encaixar e ficar bem, e nisso deixei de aproveitar muita coisa por conta da ansiedade em ver logo o resultado. Acho que essa lição foi a mais difícil e ao mesmo tempo a que mais quero exercitar nesse ano, quero curtir mais cada dia sem esperar tantos resultados.
Ufa, o post ficou gigante e com certeza 2015 não ficou só nisso, mas acho que esses foram os principais aprendizados que o ano passado deixou. E por aí, o que 2015 ensinou?
Meu 2015 foi punk, mas é como tu falou, serve de aprendizado né? A gente muitas vezes não olha o lado positivo das coisas, e acaba sofrendo dobrado por causa disso. Mas o que importa é que 2016 ta aí e só a gente pode fazer com que ele seja um ano de bençãos né? Lindo teu baby Joaquim, lindo lindo! <3
Bjo bjo :*
Obrigada, Mônica!
Nesse mundo tão barulhento e pessimista as vezes é difícil ver o lado bom das coisas mesmo, por isso é sempre bom parar pra contar nossas bençãos! <3
minha filha nasceu dia 01 de janeiro de 2015, o que já fez meu ano começar da forma mais sensacional possível. mas para mim foi um ano de aprendizados também, e o saldo foi positivo. eu melhorei como pessoa, minha família se uniu e fortaleceu. acho que 2016 pode e vai ser ainda melhor. e “menos vitimização, mais responsabilidade” certamente faz parte das minhas metas, não só do ano, mas da vida
Realmente a maternidade é um dos maiores e melhores desafios mesmo, a gente aprende e cresce muito! Que 2016 continue assim. 🙂
me identifique no sue post. para mim foi terrível, mas cheio de aprendizados. Olho para trás e vejo o quanto eu mudei e me tornei uma pessoa melhor. E nossa… sabe o que é legal? eu tbm exercitei muito tudo isso que você falou. é algo energético forte né? ♥
e parabéns pelo filhote. que você tenha ainda muitos aprendizados nessa fase deliciosa.