Sim, ele chegou! E depois de 20 dias consegui me ensaiar para sentar na frente do notebook e quem sabe tentar escrever sobre essa loucura que é o pós-parto e ter um recém-nascido em casa. Minha intenção era tirar uma foto mais bacana dele para ilustrar o post, mas nas atuais condições, o celular é minha única ligação com o mundo externo (drama, eu sei), então tento pelo menos registrar algumas imagens desses primeiros dias que mais parecem um borrão na minha mente.
Realmente a coisa toda é meio louca e acho que para saber mesmo, mesmo o que é a experiência do pós-parto, só passando por isso! A começar pelo fato de ficar alguns dias no hospital (que mais pareceram uma semana), e tudo lá parecer meio surreal, já que fiquei praticamente dois dias sem dormir, tomando uma infinidade de soro (era piscar os olhos e tinha uma enfermeira do lado trocando o vazio por um treco cheio de novo) e com a trilha sonora oficial do local: bebês chorando ininterruptamente. Não o nosso bebê por sinal, que ficou a maior parte do tempo quietinho e dormindo, um amor. Além disso o tempo todo entram no quarto todos os tipos de profissionais da saúde, para checar as mães ou os bebezinhos, e te jogam o maior número de informações possíveis, mas gente, eles não sabem que a gente fica meio abilolada? Na minha memória esses dias parecem mais como um sonho e só durante a semana consegui processar tudo o que foi informado…
A semana que se seguiu pode ser comparada a um passeio de montanha russa, já que os hormônios (esses queridos, né?) produzidos durante a gravidez começam a baixar e estabilizar, e tudo ao seu redor assume um tom dramático por demais, em alguns momentos pensava “que lindo, temos um bebê”, e em outros “MEU DEUS, TEMOS UM BEBÊ, HELP!”. É tudo novo demais, e por mais que tenha lido e me preparado como pude, nada realmente te prepara para isso, lembro que nas primeiras noites ouvir ele chorando e ser arrancada do meu sono que mal tinha começado foi difícil, e durante o dia mal conseguia fechar os olhos para tentar dormir. Ainda bem que por aqui o Gil conseguiu tirar um mês de férias, o que está sendo ótimo para nos adaptarmos a essa nova rotina com o Joaquim na família.
A amamentação é uma história a parte e quero escrever melhor sobre isso em um outro post, já que todo e qualquer romantismo que ainda restava em relação a isso caiu por terra na primeira mamada. Aliás, o maior desserviço que pode ser feito para mulheres que pretendem engravidar é essa aura romântica que envolve a maternidade, já que a realidade pode ser bem diferente. Não me entendam mal, do primeiro minuto em que vi o Joaquim foi impossível não me apaixonar por ele e amar essa experiência toda que tenho vivido, é loucura mas é muito amor também, porém seria mais fácil para a maioria das mulheres enfrentar esse início se soubessem o que realmente as espera, e olha que eu romantizei muito pouco a gravidez e tudo mais, mas não imaginava que iniciar a amamentação poderia ser tão difícil e dolorido.
Agora com quase 3 semanas dessa vidinha nova por aqui, as coisas começam a clarear e tomar uma rotina (muito de leve), o Joaquim é um fofura, chora apenas quando tem fome, fralda molhada ou está com gases (aí sim ele chooora), mas logo que conseguimos entender o motivo do choro e atender ele, fica tudo tranquilo! Claro que ainda não conseguimos dormir nem metade da metade do que costumávamos (quem manda ser dorminhoco), mas meu corpo parece estar começando a se adaptar com menos horas de sono por dia. Enfim, estamos felizes e cansados, ansiosos para saber o que mais nos espera nessa jornada. Assim que puder volto para mais posts. 🙂